Daqui e por ali, espantosa a beleza que se encontra, as palavras que nos definem, os livros que preferimos. Deixo-te um beijo de boas vindas. É lindo o que dizes e o que vês. É ardente e todavia áspero o que (trans)pareces sentir.
(já agora, e por curiosidade, esgrima? vela? interessante! também pratiquei)
não ando a carpir a minha existência, ao contrário de Bérenice. Como está lá escrito, eu sorrio perante o absurdo. Só quando a facada nas costas é demasiado aguda e dolorosa é que solto o uivo (e o uivo serve para chamar a matilha. mas ninguém aparece. só foi absurdo para mim)
Bonito poema. Também me vejo em frente a um outro espelho. Reconheço-me e não me reconheço. Estranho-me e simpatizo(-me). Uma boa semana destas Linhas mesmo tortas! :)
Não é meu hábito (re)pensar os comments que deixo aqui ou ali. O que saiu, ficou. É no repentismo que se avalia o melhor e o pior que temos dentro de nós. Este teu post-poema ou poema-post, é uma doce armadilha em que me deixo cair ingénuamente... como se segue...
o acto de me despir sendo por mim praticado a qualquer hora do dia é d´antanho e do porvir se de roupas tiver tapado dispo-me do que vestia e cubro-me mais uma vez as vezes que fôr preciso vestindo a pele e o osso e descobrem-me talvez a minha falta de siso descalço até ao pescoço.
... parece-me ouvir as criancinhas «O Legível vai nú! O Legível vai nú!»
Rach, darling, já é a terceira vez que tento comentar.:) Gostei. Todas as noites me despojo da máscara que uso, enfrento os meus medos e sou a pessoa mais verdadeira quando, num acto de fúria, parto o espelho. Beijos
Butter, afinal és humana: também tens fúrias e partes espelhos...até me ri. E esse darling inesperado até causou frisson epidoral. Todavia, a gargalhada surgiu pura e cristalina com o sr Legível de Oliveira, mestre da palavra, do voltarejo e solfejo repentinos do acto de despir sensual(mente) suas roupinhas, qual streaper afamado entre o público da esfera blog...e que gosta de doces armadilhas onde muda a pele de cordeiro e de lobo ao sabor das estações. To be or not to be, ser ou parecer eis a questão. o eterno fingimento, a máscara que colocamos e tiramos, nós, actores neste enorme palco, até que caia o pano
Não uso muitas máscaras. De facto, não uso. Deveria talvez usar mais. Uma máscara alegre para os dias menos bons e outra mais soturna para os dias mais alegres. Seria um equilíbrio interesante. Só quem não usa máscaras se denuncia. E cada vez gosto mais de quem se denuncia mesmo que não seja em frente a um espelho:) *
Momento sério (seríssimo, saliento) que o comment de "de tudo e de nada" me sugeriu. Não uso máscaras na blogsfera. Apenas me divirto escrevendo num registo que raramente procura o confronto ou até mesmo a polémica. Essas situações reservo-as para o real porque distingo a oralidade da escrita. Isso não obsta que pontualmente comente sem ironia como é o caso do comentário que deixei hoje no post de "de tudo e de nada". Não me parece relevante, no virtual, adivinhar se quem está por detrás de um texto, procura denunciar-se ou esconder-se. Perderia uma imensidão de tempo e o prazer de comunicar sem (e na) rede.
Mas isto é a minha opinião. Respeito as outras, diversas das minhas, como manda a boa educação e relacionamento amigável.
Linda: a praia é Norte do Porto, quase brava, suja, com pescadores, perto e longe, antiga, rochas como orgãos de catedral, com vestígios de ter sido habitada na Idade do Ferro, campos que ainda se atrevem até ao mar... Montes que subimos, poema/piano nas tuas teclas, o mar é Adagio, é Nocturno, é Missa Solene. Um piano à beira-mar e a paisagem/música seria "o" Poema. Abç
Peço desculpa por usar este rachmanespaço mas queria dizer ao Alberto Oliveira que entendo perfeitamente o seu desabafo. Não é bem um desabafo, será mais uma assertividade que teve necessidade de dizer ontem. Estamos unidos numa coisa essencial: o prazer de comunicar, sempre que o tempo e a inspiração nos ajuda. Penso também que é irrelevante "adivinhar" quem está por detrás de um texto ou de uma imagem. O prazer de ler ou o prazer de ver não tem rosto definido. Apenas o rosto do próprio prazer. Também queria agradecer ao Alberto o seu comentário, ontem, no meu blog. Sem ironias, como diz, porque o tema é demasiado importante para isso. Claro que só amanhã poderei dizer mais alguma coisa sobre o tema e sobre os comentários que recebi. Obrigada Alberto pela tua liberdade de expressão:)*
Não será o nosso "eu" constituiído por várias máscaras, que utilizamos consoante a situação e as pessoas com que lidamos, sem que isso signifique fingimento ou dissimulação? Amiga gostei do momento de introspecção em frente ao espelho. Bacci
Cara Pilantra Gostaria de lhe agradecer o seu "rótulo de garrafas" que me poupou alguma teclas do portátil, mas que me fez sorrir. Quanto ao seu convite, até que seria prazenteiromomento uma ginjinha com a menina e com as demais a que alude, embora não saiba quem são. Contudo já se me afigura mais difícil a questão do ronronar do violoncelo. é que Bach agora só toca em part-time, e anda entretido a compor uma cantata à xicara do café. Um beijo
Adorei essa de eu ser manteigueira aboadora. Tenho máscara, sim senhora. Vou ocultando a melhor parte de mim que só revelo a quem me apetece. Lá se foi o segredo! Confesso ser manteiga, meio sal e light.
Localização: Lisboa, Évora, Santarém, P. Delgada, Portugal
Por mim vai-se à incoerência
por mim se vai à palavra imperfeita
por mim se vai à mentira
por mim se vai à demência
por mim se vai à solidão completa
por mim não se vai à suma sapiência...
Deixai toda a esperança vós que entrais.
15 Comments:
Daqui e por ali, espantosa a beleza que se encontra, as palavras que nos definem, os livros que preferimos. Deixo-te um beijo de boas vindas. É lindo o que dizes e o que vês. É ardente e todavia áspero o que (trans)pareces sentir.
:) concordo a bettips
(já agora, e por curiosidade, esgrima? vela? interessante! também pratiquei)
não ando a carpir a minha existência, ao contrário de Bérenice. Como está lá escrito, eu sorrio perante o absurdo. Só quando a facada nas costas é demasiado aguda e dolorosa é que solto o uivo (e o uivo serve para chamar a matilha. mas ninguém aparece. só foi absurdo para mim)
boa noite
Bonito poema.
Também me vejo em frente a um outro espelho. Reconheço-me e não me reconheço. Estranho-me e simpatizo(-me).
Uma boa semana destas Linhas mesmo tortas! :)
Não é meu hábito (re)pensar os comments que deixo aqui ou ali. O que saiu, ficou. É no repentismo que se avalia o melhor e o pior que temos dentro de nós. Este teu post-poema ou poema-post, é uma doce armadilha em que me deixo cair ingénuamente... como se segue...
o acto de me despir
sendo por mim praticado
a qualquer hora do dia
é d´antanho e do porvir
se de roupas tiver tapado
dispo-me do que vestia
e cubro-me mais uma vez
as vezes que fôr preciso
vestindo a pele e o osso
e descobrem-me talvez
a minha falta de siso
descalço até ao pescoço.
... parece-me ouvir as criancinhas «O Legível vai nú! O Legível vai nú!»
Claro que o poema é meu; faltou a assinatura.
Alberto Oliveira/Legível
Pois ...as ilhas mágicas, são todas, aquele mar redondo! Por curiosidade: estive em S. Miguel em Abril passado! Memórias lindas. Abç
Rach, darling, já é a terceira vez que tento comentar.:)
Gostei.
Todas as noites me despojo da máscara que uso, enfrento os meus medos e sou a pessoa mais verdadeira quando, num acto de fúria, parto o espelho.
Beijos
Butter, afinal és humana: também tens fúrias e partes espelhos...até me ri. E esse darling inesperado até causou frisson epidoral.
Todavia, a gargalhada surgiu pura e cristalina com o sr Legível de Oliveira, mestre da palavra, do voltarejo e solfejo repentinos do acto de despir sensual(mente) suas roupinhas, qual streaper afamado entre o público da esfera blog...e que gosta de doces armadilhas onde muda a pele de cordeiro e de lobo ao sabor das estações. To be or not to be, ser ou parecer eis a questão. o eterno fingimento, a máscara que colocamos e tiramos, nós, actores neste enorme palco, até que caia o pano
Não uso muitas máscaras. De facto, não uso. Deveria talvez usar mais. Uma máscara alegre para os dias menos bons e outra mais soturna para os dias mais alegres. Seria um equilíbrio interesante. Só quem não usa máscaras se denuncia. E cada vez gosto mais de quem se denuncia mesmo que não seja em frente a um espelho:) *
Momento sério (seríssimo, saliento) que o comment de "de tudo e de nada" me sugeriu.
Não uso máscaras na blogsfera. Apenas me divirto escrevendo num registo que raramente procura o confronto ou até mesmo a polémica. Essas situações reservo-as para o real porque distingo a oralidade da escrita. Isso não obsta que pontualmente comente sem ironia como é o caso do comentário que deixei hoje no post de "de tudo e de nada". Não me parece relevante, no virtual, adivinhar se quem está por detrás de um texto, procura denunciar-se ou esconder-se. Perderia uma imensidão de tempo e o prazer de comunicar sem (e na) rede.
Mas isto é a minha opinião. Respeito as outras, diversas das minhas, como manda a boa educação e relacionamento amigável.
Alberto Oliveira (Legível)
Linda: a praia é Norte do Porto, quase brava, suja, com pescadores, perto e longe, antiga, rochas como orgãos de catedral, com vestígios de ter sido habitada na Idade do Ferro, campos que ainda se atrevem até ao mar... Montes que subimos,
poema/piano nas tuas teclas, o mar é Adagio, é Nocturno, é Missa Solene. Um piano à beira-mar e a paisagem/música seria "o" Poema. Abç
Peço desculpa por usar este rachmanespaço mas queria dizer ao Alberto Oliveira que entendo perfeitamente o seu desabafo. Não é bem um desabafo, será mais uma assertividade que teve necessidade de dizer ontem. Estamos unidos numa coisa essencial: o prazer de comunicar, sempre que o tempo e a inspiração nos ajuda. Penso também que é irrelevante "adivinhar" quem está por detrás de um texto ou de uma imagem. O prazer de ler ou o prazer de ver não tem rosto definido. Apenas o rosto do próprio prazer. Também queria agradecer ao Alberto o seu comentário, ontem, no meu blog. Sem ironias, como diz, porque o tema é demasiado importante para isso. Claro que só amanhã poderei dizer mais alguma coisa sobre o tema e sobre os comentários que recebi. Obrigada Alberto pela tua liberdade de expressão:)*
Não será o nosso "eu" constituiído por várias máscaras, que utilizamos consoante a situação e as pessoas com que lidamos, sem que isso signifique fingimento ou dissimulação?
Amiga gostei do momento de introspecção em frente ao espelho.
Bacci
Cara Pilantra
Gostaria de lhe agradecer o seu "rótulo de garrafas" que me poupou alguma teclas do portátil, mas que me fez sorrir.
Quanto ao seu convite, até que seria prazenteiromomento uma ginjinha com a menina e com as demais a que alude, embora não saiba quem são. Contudo já se me afigura mais difícil a questão do ronronar do violoncelo. é que Bach agora só toca em part-time, e anda entretido a compor uma cantata à xicara do café.
Um beijo
Adorei essa de eu ser manteigueira aboadora.
Tenho máscara, sim senhora. Vou ocultando a melhor parte de mim que só revelo a quem me apetece. Lá se foi o segredo! Confesso ser manteiga, meio sal e light.
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