O beijo (im) perfeito
O Beijo, Robert Doisneau
O beijo pode transmitir carinho, paixão, confiança, segurança… enfim, múltiplos sentimentos. A união dos lábios é a chave que abre a porta da intimidade. Mas, poderá ele ser mero gesto ou acção?...
Um dos beijos mais célebres do século XX foi imortalizado por Robert Doisneau. A foto de um casal apaixonado, um beijo espontâneo, ali perto da Mairie de Paris… Mera encenação, no entanto. Doisneau, em boa verdade, tinha contratado dois actores para irem trocando carinhos, enquanto caminhavam por entre os transeuntes, a troco de… chapas que ia batendo. Resultado: uma fotografia que correu mundo. Um beijo apaixonado, um acto livre de amor. Há quem fique desiludido. Afinal, houve premeditação, pagamento, encenação… São assim as imagens. Não é a situação “pura” que gera necessariamente a mais “pura” das imagens. Valem os momentos e as fotos que deles se fazem. Mas, enquanto se vive o momento, a imagem constrói-se com intenção. Coisas que preocupam pouco quem desencadeia ternuras.
Há beijos que ficam na memória, há outros que não lembramos mais: Françoise Barnet, actriz que, em 1950, contracenou no famoso beijo, levou o “original” de Robert Doisneau a leilão, à dois anos atrás. A base de licitação era de 20 mil euros.
Um beijo mais – que – perfeito…
Um dos beijos mais célebres do século XX foi imortalizado por Robert Doisneau. A foto de um casal apaixonado, um beijo espontâneo, ali perto da Mairie de Paris… Mera encenação, no entanto. Doisneau, em boa verdade, tinha contratado dois actores para irem trocando carinhos, enquanto caminhavam por entre os transeuntes, a troco de… chapas que ia batendo. Resultado: uma fotografia que correu mundo. Um beijo apaixonado, um acto livre de amor. Há quem fique desiludido. Afinal, houve premeditação, pagamento, encenação… São assim as imagens. Não é a situação “pura” que gera necessariamente a mais “pura” das imagens. Valem os momentos e as fotos que deles se fazem. Mas, enquanto se vive o momento, a imagem constrói-se com intenção. Coisas que preocupam pouco quem desencadeia ternuras.
Há beijos que ficam na memória, há outros que não lembramos mais: Françoise Barnet, actriz que, em 1950, contracenou no famoso beijo, levou o “original” de Robert Doisneau a leilão, à dois anos atrás. A base de licitação era de 20 mil euros.
Um beijo mais – que – perfeito…
7 Comments:
Perfeitíssimo...um desses dava-me muito jeito.
E lá vem mais uma conclusão cientificamente provada, nem tudo o que parece é ou nem tudo o que luz é ouro.
Beijo
Fica bem
Beijo, aqui deixo... sem base de solicitação!!!
Bjo doce
por esse valor até eu beijo ahahahahah
(ando a ficar mercantil)
só tu, Teresa, para me fazeres rir... eu também ando a ficar qualquer coisa :-0)
ontem como andei a gritar à lua, agora estou rouca
olha, que coicidência!!! eheehehhe
a mim perguntam se estou constipada. Claro que sim!!!!
Apesar de tudo, a beleza da foto não se desvanece pelo conhecimento da verdade em relação a ela. A conclusão a que chegas no final é, assim como a foto, uma perspectiva, um lado duma história. Que dizer então das fotos que fazia Jan Saudek, carregadas de erotismo, inclusivé quando os modelos não eram (nem são) propriamente ícones de beleza. Como pesar as fotos de Saudek pondo no outro prato da balança as de Elsken, em que os modelos são apenas figurantes de uma cena bem mais vasta que é a realidade obscura do quotidiano da sua cidade natal? É verdade, houve uma encenação, a foto correu mundo, valeu bom dinheiro à modelo em causa. Tb é verdade que é uma belíssima imagem, daquelas que suscita discussão, assim sendo, tb ela conta uma história, e por isso não é esquecida.
Quanto ao texto, maravilhoso. Vou voltar em breve, se me deixares cá vim. Um beijo
RaSp
Pois a mim desfizeste-me um mito!
Esta foto faz parte da minha cultura geral, à qual faltava um pormenor essencial...
É quase como quando descobri que quem punha as prendas no sapatinho não era o Pai Natal...
E assim se vai crescendo!
Estorninho
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