PODIA TER AFASTADO O FUMO COM A MÃO, FAZENDO COM QUE A IDEIA
SE DISSIPASSE; MAS PREFERI GUARDÁ-LA PARA UMA CONVERSA FUTURA, NESTE OU NOUTRO CAFÉ
terça-feira, outubro 30, 2007
É loucura...
É loucura desprezar as rosas Porque uma me picou Sepultar todos os sonhos Porque alguns não se cumpriram Condenar todas as amizades Porque uma me traiu Não acreditar no amor Porque um foi ilusório Deitar fora qualquer oportunidade De ser feliz Porque uma experiência me feriu
... as palmas e um ou outro "ah! fadista!" fizeram-se ouvir ainda os últimos acordes da viola e da guitarra não se tinham extinguido por completo. Ela, toda de negro vestida, curvou-se ligeiramente e murmurou um "obrigada" algo tímido. Depois, abandonou o palco e no camarim pegou num belo ramo de rosas que alguém tinha deixado. Picou-se. Leu o cartão junto das flores "Estou de volta. Perdoas-me?" Voltou ao palco, cantou o mesmo fado e regressou outra vez ao camarim. Tinha outro ramo de rosas à sua espera e picou-se novamente numa delas. Desta vez o cartão dizia "Tu és surda ou quê?!"
Localização: Lisboa, Évora, Santarém, P. Delgada, Portugal
Por mim vai-se à incoerência
por mim se vai à palavra imperfeita
por mim se vai à mentira
por mim se vai à demência
por mim se vai à solidão completa
por mim não se vai à suma sapiência...
Deixai toda a esperança vós que entrais.
6 Comments:
Harmonia, sim...mas está na natureza das rosas picarem-nos. Bjinhos
...Ou mesmo perturbar um sono inocente
Porque se quer acordar
quem nâo sente...
Concordo contigo...é loucura...!
Doce beijo
Bonito o poema.
Esperança, crença na vida e em nós.
Gosto de ti optimista.
Beijo
... as palmas e um ou outro "ah! fadista!" fizeram-se ouvir ainda os últimos acordes da viola e da guitarra não se tinham extinguido por completo. Ela, toda de negro vestida, curvou-se ligeiramente e murmurou um "obrigada" algo tímido. Depois, abandonou o palco e no camarim pegou num belo ramo de rosas que alguém tinha deixado. Picou-se. Leu o cartão junto das flores "Estou de volta. Perdoas-me?" Voltou ao palco, cantou o mesmo fado e regressou outra vez ao camarim. Tinha outro ramo de rosas à sua espera e picou-se novamente numa delas. Desta vez o cartão dizia "Tu és surda ou quê?!"
Um beijo dois sorrisos.
Loucura mesmo, é não voltar a tentar!
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