A morte saiu à rua
O Triunfo da Morte, Félix Nussbaum
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Cantem…
Dancem…
Rompam aos saltos e pinotes
Façam soar bombos, violinos e fagotes
Clarinetes, flautas e realejos
A morte saiu à rua
E vem saciar vossos desejos.
Deliciem-se com o terror e a comédia
Saciem vossas mentes hediondas e pérfidas
Vós sois portos seguros de areias movediças
E nos campos de neblina azeda
Semeais larvas de inveja e cobiça
E dos lábios alegóricos, as palavras
Que manipulam os sonhos
Ciganai em feiras de vaidade as suas ruínas
Dancem sobre as vítimas despojadas
Festejem sobre os seus restos mortais
Entoem vossos cânticos infernais
Rejubilem! pois a morte veio para ficar.
5 Comments:
acontece por vezes
o melhor é mesmo soltar a gargalhada de desprezo!
Ui amiga, que tetrica!!! Esta mistura de Mário Sá Carneiro, Baudelaire e Zeca Afonso dá-me arrepios de morte... ehehehe!
Fantástico
Beijos
ái morte que me matas
a vida que tão maltratas!
ái morte faz-me um favor:
não mates o meu amor...
... não mates o meu amor
que é frágil como cristal;
se a levares leva-a sem dor,
não passe pelo hospital.
não passe pelo hospital
que é casa de mistério
e só lá está quem está mal.
siga logo p´ró cemitério.*
* Todos aos cemitérios hoje! Grande concentração nacional em defesa dos interesses dos defuntos portugueses!!
... esqueci-me de assinar as rimas da morte!!
Alberto Oliveira/Legível*
*Uma dupla mortal!
Teresa,
concordo contigo o melhor é mesmo a gargalhada de mépris...
E saber rir de nós próprios é...uma espécie de virtude.
Olá meu querido.
Ainda bem que gostaste, porque isto é pura ironia. Quanto aos "totós" que referes, sim foram a fonte inspiradora.
Beijo
Caro e distinto Legível
Sem comentários
:-)
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