Foto: K. RamalhoPara os ricardos legíveis e os que gostam de nnannar com ventania; para os que encontram “refúgio de palavra na arte” e os outros na palavra monstrengo, adamastor, poeta fingidor de seu estado incerto, frágil borboleta que vive e aproveita o dia… e já agora, para as hidras bandidas pilantras que, por linhas tortas, navegam a sotavento, cuja vida parece involuntária como a dos mártires.
Era o tempo das cerejas. O perfume a sol, a fruta madura, a flores que se derrama pela alma. O murmurar dos ribeiros, o bzzzzz das abelhas, o bailado das libelinhas, das borboletas… O cantabile da alegre cotovia e do melro assobiador, o entreter da luz na seda das teias, como tesserae, peças coloridas que compõem os mosaicos.
E o primeiro beijo aconteceu, tímido de ternura… Ainda não o sabe, porque é apenas uma criança, mas este beijo ficará para sempre gravado no seu coração. Todos os beijos da sua vida serão comparados com este.