domingo, novembro 26, 2006

A Criação





… os cambiantes de luz trazem interessantes metamorfoses cromáticas.
Tudo isto, calcorreando trilhos e caminhos, onde o murmúrio das águas se faz ouvir e a Criação de Haydn acordes constantes.
“ (…) Handel e fugas de Bach pelos penedos temidos, desenrolados nas encostas e nas águas. (…) Falo em Handel pela majestade. Mas concordo também com a tua ideia da Criação em cascata.”

quinta-feira, novembro 23, 2006

Em mim



Para a Butter
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Sento-me no colo deste rochedo
E perco-me no azul que me invade
Todos os azuis, de todas as paletes…
Azul da cor da esperança
De lendas de sereias
De ninfas enamoradas
Que alimentam fantasias de crianças.
Azul como a dor dos peixes
Que afogam o meu olhar
Azul… como o fim do amor.

Soltam-se os ventos
Agitam-se as ondas do ser
Ergue-se a espuma da tua ausência
Gaivotas voam sem rumo
A tinta arrefece
A rima é perdida
A palavra… sem fé.

Fecho os olhos
E imagino-te
Sinto a brisa
Sinto a ternura
Sinto a paz

quinta-feira, novembro 16, 2006

O Gato




Nas tardes de Inverno,
A lareira ia consumindo as areias
Em pequenos frascos de vidro
E distribuía o seu brilho
Pelas coisas que faziam vizinhança.
O gato de Ricardo saltava-lhe para o colo,
Enquanto escrevia poesia.
Miava, como um danado,
Mas ele ouvia um anjo.
E, assim, traduzia essa música em estrofes
Que, depois, recitava,
De janela escancarada para o mar.
A pauta do silêncio fazia-se ouvir…
No céu, o azul, o amarelo e o vermelho.
Cores de nada e de tudo
Cheiro a terra molhada,
Salpicado a flores e a sal.

domingo, novembro 12, 2006

Vampire, o pensador de Notre Dame



para a Nana, ave migratória que me deixou um Kinder.


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domingo, novembro 05, 2006

à deriva



Aqui me encontro perdida
entre os demais.
Estrelas,
cores esmorecidas,
água, areia
e um infinito de sentimentos
e palavras desgastados
pelo vento
e pelo sentir.